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István Mészáros


Nesta perspectiva, fica bastante claro que a educação 
formal não é a força ideologicamente primária que 
consolida o sistema do capital; tampouco ela é capaz 
de, por si só, fornecer uma alternativa emancipadora 
radical.

Uma das funções principais da educação formal 
nas nossas sociedades é produzir tanta conformidade 
ou “consenso” quanto for capaz, a partir de dentro e 
por meio dos seus próprios limites institucionalizados 
e legalmente sancionados.

Esperar da sociedade 
mercantilizada uma sansão ativa – ou mesmo mera 
tolerância – de um mandato que estimule as instituições 
de educação formal a abraçar plenamente a grande tarefa 
histórica de nosso tempo, ou seja, a tarefa de romper a 
lógica do capital no interesse da sobrevivência humana, 
seria um milagre monumental.

É por isso que, também 
no âmbito educacional, as soluções “não podem ser 
formais; elas devem ser essenciais”. Em outras palavras, 
elas devem abarcar a totalidade das práticas educacionais 
da sociedade estabelecida. (Mészáros, 2002: 45)

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