Nesta perspectiva, fica bastante claro que a educação
formal não é a força ideologicamente primária que
consolida o sistema do capital; tampouco ela é capaz
de, por si só, fornecer uma alternativa emancipadora
radical.
Uma das funções principais da educação formal
nas nossas sociedades é produzir tanta conformidade
ou “consenso” quanto for capaz, a partir de dentro e
por meio dos seus próprios limites institucionalizados
e legalmente sancionados.
Esperar da sociedade
mercantilizada uma sansão ativa – ou mesmo mera
tolerância – de um mandato que estimule as instituições
de educação formal a abraçar plenamente a grande tarefa
histórica de nosso tempo, ou seja, a tarefa de romper a
lógica do capital no interesse da sobrevivência humana,
seria um milagre monumental.
É por isso que, também
no âmbito educacional, as soluções “não podem ser
formais; elas devem ser essenciais”. Em outras palavras,
elas devem abarcar a totalidade das práticas educacionais
da sociedade estabelecida. (Mészáros, 2002: 45)
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