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MOVIMENTO "NÃO BATA, EDUQUE"

Na data de 20 de agosto, a equipe do PROINAPE participou da oficina realizada pela rede "Não bata, Eduque" (http://www.naobataeduque.org.br/), no auditório da 10 ª CRE. No debate a equipe de assistentes sociais, psicólogos e professores pôde debater sobre questões como castigo e humilhações nas relações intrafamiliares e também como a histórica valorização da violência como forma de educar e resolver conflitos permeia a política de educação.
Acompanhe o registro do encontro:



Fórum Intermunicipal de Psicologia Escolar

Na data de 15 de Agosto, a equipe do PROINAPE da 10ª CRE participou do Fórum Intermunicipal de Psicologia Escolar, organizado pelo Núcleo de Formação Continuada (NuFoCon) de Itaguaí. No evento houve a participação de representantes do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) e de psicólogos do Município de Seropédica. Esta foi uma ótima oportunidade de debate e reflexão sobre as diferentes possibilidades de atuação no campo da educação, para o conhecimento das realidades de trabalhos nos diferentes municípios e de articulação entre os profissionais e demais entidades.
Parabéns ao NuCoFon! Vejam os registros do encontro:




As inscrições para o curso "Por uma Educação não Sexista" 
foram prorrogadas até o dia 23 de agosto.


E.M. MARECHAL PEDRO CAVALCANTI
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Na data de 16 de agosto mais uma vez os professores do PEJA mostraram o compromisso que tem com a qualidade das atividades realizadas na EM Marechal Pedro Cavalcanti. O "Jantar Dançante", uma das atividades do projeto "Sou pai, sou aluno", contou com a oferta de uma jantar especialíssimo (risoto de frango) ofertado pela escola e com contribuição dos alunos, que levaram outras guloseimas (quibe de forno, cachorro-quente de forno, salgadinhos, torta salgada...). Houve também uma apresentação musical especial: um professor e sua filha, num dueto entre teclados e violino, ofertando músicas clássicas que prenderam a atenção e emocionaram a todos!
Além disso, houve o depoimento de alguns alunos sobre a felicidade e complexidade de serem pais, e as dificuldades e possibilidades de retomarem os estudos no PEJA - alguns, ao lado de seus filhos. Os depoimentos foram emocionantes, pois os alunos relatavam suas histórias de vida, alguns através de músicas e poemas.
Importante também destacar que o evento contou com a presença de profissional da GED da 10ª CRE, que acompanha o PEJA da escola, e pode presenciar o belo momento e o excelente trabalho dos professores daquela escola. PARABÉNS A TODOS!!!! Confiram:









Ações desenvolvidas pela equipe PROINAPE Vivaldo Ramos de Vasconcelos

  • Grupo com professoras do 1º e 3º anos:

Esta ação tem como objetivo proporcionar um momento de reflexão da prática educacional. O professor na qualidade daquele que lida diretamente com os alunos, é convocado a refletir sobre suas práticas e inquietações. O espaço também objetiva oferecer um momento de escuta dos professores sobre seus alunos buscando capturar as subjetividades de cada caso.

  • Grupo com alunos do 3º ano:
 Esta ação tem como objetivo proporcionar um espaço de escuta destes alunos. Este grupo surgiu a partir de uma demanda suscitada no grupo de professores de 3º ano. São alunos que apresentam comprometimento no processo de alfabetização e com questões sociais e emocionais.

  • Articulação equipe PROINAPE e Coordenação / Direção da U.E:
 Esta ação tem como objetivo fortalecer a interlocução e o diálogo entre a equipe e a gestão da escola.

  • Articulação entre a equipe PROINAPE e os Serviços de Saúde e Assistência Social do Território:
Discussão de casos levantados pela equipe PROINAPE, buscando estabelecer parcerias com outros equipamentos da rede, para que a comunidade escolar ( alunos e responsáveis) possa ser atendida em suas demandas sociais e de saúde.

Participação no Conselho de Classe:


Atividades pedagógicas com os alunos do Nenhuma Criança a Menos:
Orientação a Professores:

Orientação a Queixa escolar

Este Link é do livro que reune artigos sobre o tema da queixa escolar.

http://books.google.com.br/books?id=SurrH_JXkK8C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false
Companheiros, gostaríamos de compartilhar com vocês mais um bom texto, que nos auxilia na reflexão do trabalho diário no campo da educação. Trata-se de um texto de Nanda Barreto, Jornalista e autora do blog Transitiva e Direta (http://transitivaedireta.blogspot.com), e que nos traz o relato de uma experiência vivida em sua infância, e como esta experiência marcou sua formação pessoal. Vale a pena ler, compartilhar e debater em suas escolas junto aos alunos, professores e demais segmentos, o sentido do tão desejado "aluno exemplar"...

Aluna exemplar?
 Nanda Barreto

Isso aconteceu na primeira série, quando eu tinha sete anos, mas até hoje não me sai da memória. Era uma segunda-feira, dia em que a professora Ana Lúcia devolvia corrigidos os trabalhinhos da turma – tarefa à qual, imagino, ela se dedicava durante os finais de semana, entre um e outro afazer doméstico. O fato é que quando a segunda-feira chegava, além de levarmos o restinho de euforia do sábado e do domingo para a sala de aula, eu e meus coleguinhas éramos acometidos por essa ansiedade extra de receber as atividades já avaliadas pela professora.
Ana Lúcia era cheia de esmeros: quando algum aluno ou aluna se saía muito bem, ela desenhava estrelinhas na cabeceira da folha e escrevia coisas como “parabéns!” ou “excelente!”. Os estudantes que não correspondiam às suas expectativas, no entanto, não eram agraciados pela mais cobiçada constelação de tinta bic de todo o primário. Mas a professora Ana Lúcia era boazinha e nunca deixava de registrar frases de incentivo. “Juntos vamos melhorar o seu desempenho!” é a que eu mais lembro de ter lido ao longo do ano – não no meu próprio caderno, pois a verdade é que àquela altura eu ainda era uma “aluna exemplar”, como a direção da escola costumava repetir aos meus pais.
Naquela segunda-feira, entretanto, esse conceito de boa aluna começou a virar farelo na minha cabeça. Sentada ao lado do meu querido colega Dieguinho, eu senti – talvez pela primeira vez – aquele comichão de que “Opa! Há algo de podre no reino da Dinamarca”. O causo é que o desenho que o Dieguinho pintou não estava adequado ao gosto da professora. Tratava-se de uma reprodução mimeografada da personagem de quadrinhos Mônica, criada pelo cartunista Maurício de Souza, e a qual eu havia colorido exatamente como mandava o figurino das revistinhas: o vestido vermelho, a pele amarelada, o coelhinho de pelúcia azul.
Mas o Dieguinho não. Aos 6 anos e meio, aquele menino doce, de olhos bem azuis, sardas e um pouco baixo para a nossa idade, achou por bem subverter a ditadura das cores e pintou a sua Mônica como bem quis: um perna roxa e a outra laranja, os cabelos verdelimão, sim, por que não? E quem disse que os dois braços têm que ter a mesma tonalidade? Diferente de mim, o Dieguinho tomou o desenho livremente como um espaço para a sua própria produção artística, mas a recompensa pela ousadia foi a reprovação da professora, além de uma boa dose de gargalhadas e chacotas dos outros coleguinhas.
Eu não achei a menor graça e estava convencida de que o desenho do Dieguinho estava muito mais bonito e “correto” que o meu, uma típica “aluna exemplar”. Além de expressar-se artisticamente, ao pintar o desenho de acordo com o seu próprio senso estético, o Dieguinho estava questionando uma lógica de que “existem coisas que são assim e ponto final”. Mas a contestação não é vista com bons olhos pela escola. Ao contrário, parece que o papel central da educação é “satisfazer” a nossa criatividade, como se as interrogações tivessem que ser “sanadas” sempre com uma resposta.
Nem mesmo a professora Ana Lúcia, sem dúvida uma das mais adoráveis e empenhadas educadoras que tive, foi capaz de fazer uma análise sobre o ocorrido. Pior ainda: imagino que a própria Ana Lúcia tenha sido formada para reproduzir esses “saberes” tão universais quanto irrefletidos que definem o que é certo e errado. Naquela fatídica segunda-feira, infelizmente, quem pagou o pato por este modelo “educativo” foi o meu colega Dieguinho.
Já faz muitos anos que não o vejo e espero que, na contramão do que lhe impunha a escola, ele tenha crescido com base no seu senso crítico. Que não seja, portanto, um “home-feito”, como certamente o mundo lhe exige cotidianamente, mas que seja um homem em construção. A mim, Dieguinho ensinou que ser uma “aluna exemplar” não é seguir roteiros predeterminados.
De alguma maneira, a Mônica póspunk de pernas bicolores do meu colega Dieguinho me apontou um caminho diferente de aprendizagem. Nele, não é possível encontrar fórmulas prontas nem respostas imediatas, mas sim um vasto jardim de interrogações. Cada dúvida semeia uma curiosidade e assim se plantam novas descobertas.
Claro, não é um processo tão imediato quanto marcar um “x” na alternativa correta ou eproduzir realidades idênticas às que nos contam os gibis e outros livros de história. No entanto, pode ser que o ato de estudar tenha mais a ver com deixar-se levar por certas subjetividades e perseguir a própria inquietação intelectual do que simplesmente aceitar uma coletânea de realidades incontestáveis.